"We Own The Night"
Policial
EUA, 2007
Realização: James Gray
Actores: Joaquin Phoenix, Mark Wahlberg, Eva Mendes, Robert Duvall, Antoni Corone, Oleg Taktarov
Cor
112 minutos
Bobby Green é a 'ovelha negra' da família. Não só a renegou, como não deu seguimento à tradição de ser polícia, tal como o seu pai e o seu irmão, Bert e Joe. Preferiu entregar-se aos prazeres da vida, sendo gerente de uma afamada e concorrida discoteca de Brooklyn.
No entanto, o seu estabelecimento nocturno está sob a mira do departamento policial de Joe, por ser frequentado pelo mais perigoso traficante de droga de Nova Iorque, Vadim Nezhinski. Uma guerra que só tem dois lados. Bobby terá de escolher entre tornar-se um informador da polícia ou ceder à vontade de Nezhinski que quer rentabilizar o seu produto na discoteca.
Trailer
A minha classificação: 6/10
10 comentários:
Eu fui daqueles que gostou muito desta fita. Dou-lhe mesmo 9 em 10. Creio que é um regresso às origens no que toca aos grandes policiais. Suportado por uma excelente realização, fabulosas interpretações e uma fotografia noir muito aprazível, o filme e, quanto a mim, um verdadeiro vencedor.
ABraço
Uma pequena decepção para mim. Assisti a uma entrada fulgurante e refrescante, mas que tem um final pobre e com um argumento com várias inconsequências (algumas opções pouco originais, outras mal trabalhadas) pelo meio.
Mas também há aspectos bons: as interpretações de Joaquin Phoenix, carismática e colocada, Eva Mendes, um papel até algo erótico mas recatado, e Robert Duvall, que é impossível em todos os seus filmes não gostar.
O enorme contra final: um filme que aparece a reboque de outros idênticos feitos nos últimos anos e que é batido aos pontos por vários deles, como é exemplo máximo 'The Departed', que curiosamente conta também com Wahlberg. Só que aqui marca apenas presença e na fita de Scorsese tem a 'presença'...
Abraço.
Gostei do filme, dou uma nota 7, concordando que o material poderia ter sido melhor explorado.
O trio James Gray / Phoenix / Wahlberg fez também outro interessante filme policial chamado "Caminho sem Volta" (No Way Back).
Abraço
O início até prometia, Hugo. Mas perdeu-se o filme lá pelo meio por pretender ser o que outros já foram. Louve-se o trabalho dos actores. O ponto forte do filme.
Abraço.
eu achei o filme interessante!!concordo, que se perde um pouco com o desenrolar da trama mas, no conjunto geral não me decepcionou!!
beijinho
Mas o resultado poderia ter sido muito melhor, Anita. Faltou um empenho mais convincente pela busca da própria identidade do filme.
Beijinho.
eu gostei do filme mas sou suspeita para falar porque o Phoenix é dos meus actores preferidos de todos os tempos :p
no meu blog levou 8 :p
Beijos
Isso não está em dúvida, Ana. Como já sublinhei, Phoenix esteve em bom nível.
Beijinho.
Dirigido e escrito por James Gray, "Os Donos da Noite" estreou com poucas expectativas frente ao público, devido à baixa publicidade que teve. Assim como "Crash - No Limite" (2006), polêmico vencedor de Melhor Filme do Oscar 2006, esta é uma ótima surpresa, mesmo sem o devido marketing merecedor. O título do filme vem do lema da polícia de Nova Iorque na década de 1980, quando uma guerra contra gangues foi declarada. “We own the Night”, assim como o título da película em inglês era o grito de guerra dos policiais. A fotografia é excepcional e teve como diretor, Joaquín Baca-Asay. "Os Donos da Noite" é uma produção de altíssima qualidade técnica e roteirística. Com atuações formidáveis, o filme teve como destaque para o porto-riquenho Joaquin Phoenix, que vive Bobby Green, o protagonista da estória, no papel de um homem egocêntrico e corajoso, que tem de escolher entre a sua carreira e sua família. Com certeza este é o melhor papel da carreira do ator de 33 anos e mais conhecido no mundo cinematográfico por seu papel de antagonista do filme “Gladiador” (2000), Maximus. Eva Mendes também está irreconhecível. Até interpretar Amada Juarez, namorada de Bobby, a atriz de 32 anos não havia feito nenhum papel significante. Mas este foi o ápice da atriz, que realizou a sua primeira cena de sexo frente às câmeras. Eva confessou ao jornal The Sun que chorou depois de ter filmado a cena porque, segundo ela, ainda existe um pouco da garotinha católica que ela foi dentro dela e que se não fosse por isso, a teria feito sem problema algum. O roteiro é esplêndido e marca pela beleza das cenas, pela força dos personagens e por contar, ao seu lado, com uma ótima equipe de produção. A idéia de "Os Donos da Noite" surgiu devido a uma fotografia publicada no jornal New York Times durante o funeral de um policial, em que vários deles estavam se abraçando. Apesar do modismo, por parte dos diretores e produtores estadunidenses, devido ao menor custo dos filmes se gravados no Canadá, todas as gravações de “Os Donos da Noite” foram feitas no próprio Estados Unidos. O diretor se recusou a rodar o filme em Toronto porque queria dar maior realismo ao enredo. As filmagens ocorreram nas vizinhanças do Bronx, Manhattan, Brooklyn e Queens. Originalmente, "Os Donos da Noite" seria distribuído pela Warner Bros., sendo adquirido pela Universal Pictures para distribuição em alguns países. Mas a Sony Pictures Entertainment comprou os direitos de distribuição por US$ 11 milhões, sendo que o orçamento total do filme foi de US$ 21 milhões. No Brasil, apenas em três semanas de exibição, a produção arrecadou mais de R$ 3 milhões e um público total de 450 mil brasileiros neste mesmo período. Comprovando a ótima negociação realizada pela Sony. O longa-metragem foi indicado à Palma de Ouro, do Festival de Canne 2007, mas acabou não levando. O prêmio é o de maior prestígio do Festival, entregue desde 1955 ao filme vencedor da competição. A escolha anual é feita por um júri composto de profissionais internacionais ligados ao cinema, entre filmes inscritos de diversas partes do mundo, e se realiza durante o mês de maio na cidade de Canne, na riviera francesa. Contando com roteiro, técnica e atuações magníficas, “Os Donos da Noite” tornou a direção de James Gray impecável e marca por sua independência e coragem, tornando-se dificilmente esquecível.
NOTA (0 a 5): 5
*****
Ena... adoraste mesmo o filme, Anderson!!!!!
Abraço.
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